A Proporção é um conceito complexo, pois associa-se à escala e ao equilíbrio, podendo ser usado de variadíssimas formas por artistas plásticos, arquitetos, fotógrafos ou designers. De forma resumida a Proporção descreve as relações de tamanho, localização e ou quantidade de diferentes elementos.

Vais começar por observar os exemplos em que a Proporção é utilizada de diferentes formas para dar diferentes sentidos.A relação Proporção e Escala é muito explorada na arquitetura em edifícios como o Partenon em Atenas, nas Pirâmides no Egipto, ou em grandes Catedrais e Palácios europeus, em que a escala monumental é usada para ter um conjunto de significados simbólicos de poder e de grandiosidade. Nesta variante encontras também a Land Art.

Mas a Escala também tem uma função na criação de relações entre elementos representados numa pintura ou desenho em que, por exemplo, ao representarmos um adulto e uma criança no mesmo plano as escalas têm de corresponder para que haja reconhecimento.A Escala e a Proporção também podem ser distorcidas para transmitir uma imagem, se esse for o sentido que o artista quer representar, como é o caso em “Maternidade” de Almada Negreiros.

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A geometria e a matemática são também fontes para a procura da Proporção e de uma beleza nas relações de proporção, na simetria e no equilíbrio visual. O Homem de Vitrúvio de Leonardo da Vinci é um exemplo dessa procura que vinha do período Clássico e que podemos observar em esculturas gregas como o Doríforo de Policleto, assim como a Proporção Áurea que era vista como parte de uma geometria sagrada e que se resume à constante matemática Ф (phi) que corresponde ao número irracional 1.618033988749. . .  Este rácio pode ser encontrado em inúmeras obras de arquitetura, escultura ou pintura que estendem desde a antiguidade clássica à modernidade.

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As relações de escala entre objetos tridimensionais numa paisagem ajudam a criar um sentido de profundidade e tridimensionalidade. A escala dos objetos afeta a tua perceção de perspetiva e deves saber utilizar estes artifícios para melhor desenhar e analisar a realidade à tua volta. Andrew Wyeth recorre à escala e à perspetiva em “Christina’s World” para criar um sentido de distanciamento e de profundidade do espaço entre a rapariga e a casa ao fundo, há também um sentido abandono e de isolamento que é exacerbado pelo uso da escala e do vazio que cerca a figura. Por fim a escala pode ser ela própria a expressão artística, podemos observar este uso da escala na Arte Urbana, em pinturas que ocupam fachadas inteiras, ou em obras hiper-realistas como as esculturas de Ron Mueck, em que a escala é essencial ao sentido das obras.

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Escolhe um objeto do quotidiano e desenha-o em diferentes pontos de vista e cenários por forma a alterar a perceção da sua escala. Coloca o objeto junto de outros elementos com quem tenha uma relação de grandeza como metade, o dobro ou uma fração. Realiza o exercício no teu diário gráfico ou em papel cavalinho A4, utiliza os materiais atuantes que mais gostas.